Pesquisa mostra que apenas 2,2% dos jovens de 2 a 19 anos tiveram notas “ótimas” em uma pontuação que avalia riscos para problemas cardíacos em crianças
Você talvez nunca tenha ouvido falar de crianças com problemas cardíacos, mas sabia que tem crescido o número de jovens com risco para a saúde do coração? E os pais podem ajudar diretamente na proteção dessas crianças.
Uma pesquisa publicada recentemente revista American Heart Association journal Circulation, norte-americana, mostrou que apenas 2,2% dos jovens de 2 a 19 anos tiveram notas “ótimas” em um sistema de pontuação que avalia a saúde do coração.
As notas pioram com a idade. Entre 2 e 5 anos de idade, a pontuação foi boa e atingiu quase 57% das crianças que fizeram parte da pesquisa. Quando a idade sobe para a faixa de 11 a 19 anos, a pontuação cai para 14%.
Pesquisa com crianças
A pesquisa “Circulation study and a pediatric cardiologist at Ann and Robert H. Lurie Children’s Hospital of Chicago” considera pontos para a saúde do coração de crianças e adultos oito itens: dieta, atividade física, exposição à nicotina, saúde do sono, peso corporal, lipídios no sangue (colesterol e outras gorduras), glicemia e pressão arterial.
“Os pais têm papel fundamental na saúde do coração da criança. Cuidar para que se alimentem bem, façam exercícios, durmam bem e estejam sempre com os exames em dia é o básico, mas pode ser o grande diferencial entre um jovem e adulto com problemas no coração ou não”, explica o cardiologista e fundador da Clínica Amplexus, Fabrício da Silva.
Crianças e problemas cardíacos
Alimentação saudável, exercícios físicos e boas noites de sono são a base para garantir a saúde do coração, ressalta o cardiologista. Segundo ele, os hábitos alimentares começam do exemplo, mas vão além. É preciso mudar a forma de ofertar alimentos para a criança e não desistir quando dizem não, por exemplo.
Manter as crianças em movimento também é essencial para a saúde como um todo, incluindo a saúde cardiovascular. “Estamos num momento de muitas telas e crianças sentadas por longos períodos. Antigamente demorávamos 40, 50 anos para ver o prejuízo desses hábitos. Hoje, a ‘conta’ chega muito antes”, completa Fabrício da Silva.
Dormir bem e cedo, garantir os níveis de hormônios e gordura no sangue dentro do ideal e vigiar a pressão arterial também são pontos cruciais para ajudar as crianças a chegar até a idade adulta sem risco de problemas cardíacos.
Além disso, conforme os hábitos mudam, novos riscos surgem e precisam ser monitorados de perto pelos pais. É o caso do cigarro eletrônico, que tem se tornado um pesadelo para a saúde dos adolescentes e jovens.
“Estamos falando de um nível de nicotina bem maior e com a aparência de inofensivo. Algo que não existia 5 anos atrás e agora é um perigo real nas escolas e nas casas”, finaliza o cardiologista.
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